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Archive for 4 de outubro de 2015

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“Quando a tecnologia e o dinheiro tiverem conquistado o mundo; quando qualquer acontecimento em qualquer lugar e a qualquer tempo se tiver tornado acessível com rapidez; quando se puder assistir em tempo real a um atentado no ocidente e a um concerto sinfônico no oriente; quando tempo significar apenas rapidez online; quando o tempo, como história, houver desaparecido da existência de todos os povos, quando um esportista ou artista de mercado valer como grande homem de um povo; quando as cifras em milhões significarem triunfo, – então, justamente então — reviverão como fantasma as perguntas: para quê? Para onde? E agora? A decadência dos povos já terá ido tão longe, que quase não terão mais força de espírito para ver e avaliar a decadência simplesmente como… Decadência.”
Heidegger, 1953

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Em tempos de Cunha, Malafaia, Everaldo (o Pastor), Azevedo (o Reinaldo), Constantino, Sherazade, Gentili, Bolsonaro, Feliciano, Olavo, Lobão e outras figuras sui generis da turma do deixa disso, escolher a ingestão, em doses cavalais, de noticiários, redes sociais e colunas de jornais é o caminho do óbito. Certamente, nunca antes a ignorância andou titubeando tanto sobre a linha que separa a benção da maldição como agora.
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Por vezes testo minha saúde cardíaca lendo coisas que se assemelham ao veneno para baratas: demoram para matar, mas cada aplicação vai deixando cada vez mais tonto. A lista de absurdos é longa e não vale à pena dar mais Ibope às mediocridade da turma à direita de Hitler. Vida que segue. Como disse Martin Luther King, o problema não é o grito dos maus.

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Tenho acompanhado com perplexidade a marcha da ignorância, da barbárie, da hipocrisia, do retrocesso, do preconceito e do medievalismo em pleno terceiro milênio. Não se trata mais de divergir em ideias, mas sim de asfixiar os contrários com o veneno doce do moralismo e da tradição. Mas “tudo o que é sólido desmancha no ar”, e a ausência de argumentos racionais fere o brio da guarda dos valores cristãos e do status quo. Aliás, ausência de argumentos não pode mais ser usado com exclusividade para definir a blitz dos Olavetes; falta humanidade mesmo.

O pior é que se tem uma coisa que o cara lá de cima distribuiu de maneira equânime foi o bom senso, porque nunca ouvi ninguém reclamando que não tem. Ai já viu né? absurdos e mais absurdos de “bom senso” despejados como verdades sacras e imutáveis. E tem mais: quem for contra a corrente corre sérios riscos de sofrer ataque moral e pessoal, e até físico, ora como não! Que tempos são esses?

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Gente, a matéria é extensa. Leia mais clicando aqui:
http://obviousmag.org/febre_de_alem/2015/ensaio.html 

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Ói, só… incrível!

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Uuuuiiiaaaa…

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“A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão.”

Aldous Huxley

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Saramago já nos advertia que estamos cegos da razão. Talvez seja o nosso ego, sempre inflado e se achando o dono do pedaço. Talvez seja pela nossa incessante incapacidade para amar. Podemos dizer que essa cegueira se alastra em função da facilidade. É sempre mais fácil andar sem olhar para o lado. Sem olhar para nós mesmos. Sem olhar para o que somos ou nós tornamos.

Cegos que somos, seguimos a doutrina da sociedade de consumo. Condicionados como bons soldados, não recusamos a missão de esvaziar um Shopping Center. Aprendemos desde cedo, que como partes do todo, devemos manter a ordem e, assim, não devemos transgredir as leis de ouro que tornam a sociedade contemporânea um reino de “felicidade”.

O sistema hegemônico, através da mídia, não nos deixa esquecer a importância de manter o sistema funcionando harmonicamente, e de como bom senhor, lhes devemos obediência e servidão. Servidão esta, construída por meio de chicotes ou força física? Não. Ora, se somos seres desejantes, então, nada melhor do que usar a mídia para nos seduzir.

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É preciso ler beeeem mais, a matéria toda, bem interessante!

http://obviousmag.org/genialmente_louco/2015/servidao-voluntaria-o-olhar-de-bauman-e-huxley-sobre-a-sociedade-de-consumo.html

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(a cabeça é pequena… mas vive na moda)

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Variação do famoso

ABAPORU

de Tarsila do Amaral

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*** Sabedoria ***

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Almir Reis – Face

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Cabelos bem tratados…

alecrim

Se você está sofrendo com queda de cabelo, ele perdeu o brilho e a suavidade, ou apresenta muitas pontas duplas, e você está começando a ter medo de que sua escova fique com mais cabelos do que sua cabeça, está na hora de você conhecer os benefícios do alecrim.

O alecrim cresce o ano inteiro, especialmente em climas quentes e secos. Suas folhas são em forma de agulha, em tons de verde e cinza, com florezinhas azuis em forma de espiga.

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Entretanto, o alecrim é muito bom para, pelo menos, mais uma coisa: ele fortalece a raiz dos fios de cabelo e previne a sua queda. O método é muito simples e fácil, e o segredo está na infusão!

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Como fazer uma infusão de alecrim?

Primeiro, pegue um galhinho de alecrim, e retire as folhas.

Segundo, coloque as folhas em uma panela com água até que ferva.
 

Terceiro, depois de fervida, você precise deixar a infusão esfriar (com as folhas) por 24 horas. Depois de 24 horas, você pode retirar as folhas e transferir a infusão para uma jarra, que deverá ser colocada na geladeira para conservar-se fresca.

Como usar a infusão?

Quando você for tomar seu chuveiro e lavar o cabelo, molhe a cabeça e despeje sobre ela a infusão de alegrim. Você deve massagear o couro cabeludo para certificar-se de que o líquido foi espalhado por todo o cabelo. Como a infusão estava na geladeira, pode ser que você sinta um certo desconforto por alguns segundos antes de acostumar-se.

Não é necessário utilizar toda a quantidade de infusão, apenas o  suficiente para molhar bem o seu cabelo.

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CONTINUE LENDO ATÉ O FINAL

http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=4252&memberid=145510

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*** Rei ***

Um leão foi flagrado mordendo a cauda de um rival no zoológico de Olmense em Olmen, na Bélgica. A cena curiosa foi registrada pelo fotógrafo Yves Herman

(Foto: Yves Herman/Reuters)

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Um leão foi flagrado mordendo a cauda de um rival no zoológico de Olmense em Olmen, na Bélgica. A cena curiosa foi registrada pelo fotógrafo Yves Herman (Foto: Yves Herman/Reuters)

Leão morde cauda de rival em zoológico belga
Cena ocorreu em zoológico de Olmense, em Olmen.
Imagem curiosa foi registrada pelo fotógrafo Yves Herman.

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Um leão levou um susto ao escorregar de um carcaça de um hipopótamo e cair no rio Sabi, no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, enquanto tentava conseguir uma refeição fácil. A cena foi registrada pela turista Valerie Wiest e divulgada pelo parque no YouTube.

http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2015/05/de-olho-em-refeicao-leao-escorrega-de-carcaca-de-hipopotamo-e-cai-em-rio.html

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Gente,

não entendo absolutamente nada disso, mas como encontrei um link e gosto de ler sobre

tudo o que me causa curiosidade, comecei a ler e já trouxe para o Blog, 

assim, aprenderemos alguma coisinha sobre o assunto juntos.

Mary

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Considero isso

CULTURA.

E

CULTURA NUNCA É DEMAIS!

Estamos nos “aculturando!”

Legal, né?

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Batizada como daime pelas Religiões Ayahuasqueiras é considerada sagrada e entendida como um canal entre o homem e a divindade através de seu consumo dentro dos rituais.

Cipó Jagube

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http://oglobo.globo.com/rio/o-sertao-carioca-17660130

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Raio X das religiões: o Santo Daime

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Folha Rainda

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O movimento religioso do Santo Daime começou no interior da floresta amazônica, nas primeiras décadas do século XX, com o neto de escravos Raimundo Irineu …

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Santo Daime

Ritual dos seguidores. Imagem. Chá santo daime

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OS SÍMBOLOS DO SANTO DAIME

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A Ayahuasca, é uma beberagem de origem amazônica composta a partir do cozimento de duas espécies de plantas nativas da Floresta: o cipó jagube (Banisteriopsis caapi) e o arbusto chacrona (Psychotria viridis). Batizada como daime pelas Religiões Ayahuasqueiras é considerada sagrada e entendida como um canal entre o homem e a divindade através de seu consumo dentro dos rituais.

Seu uso é comum na região desde os povos pré-colombianos seguido por tribos indígenas e também pelo que se constitui atualmente como as chamadas Religiões da Ayahuasca.

Segundo alguns estudiosos a palavra ayahuasca, de origem quíchua, significa “vinho das almas” ou “vinho dos mortos”. Seu uso sempre fez parte do conjunto de práticas rituais-terapêuticas indígenas como auxiliadora no contato com os espíritos dos ancestrais.

Sua introdução junto aos não-índios se deu entre fins do século XIX e início do século XX, época em que a região amazônica vivia aquilo que ficou conhecido como ciclo da borracha.

Foi justamente nesse período que o maranhense Raimundo Irineu Serra juntamente com uma leva de nordestinos, fugidos da seca e atraídos por ganhos financeiros, desembarcou no Acre para trabalhar na extração do látex.

Infelizmente a passagem dos chamados seringueiros pela Amazônia foi intensamente marcada por histórias de sofrimento e exploração.

No âmbito religioso esses imigrantes buscavam praticar suas crenças, as quais estavam alicerçadas no catolicismo tradicional. No entanto devido a ausência de uma igreja oficial, que só vai se fazer presente efetivamente no Acre a partir de 1920, organizam suas práticas religiosas de acordo com as condições oferecidas pelo novo espaço.

Aliando sua bagagem cultural ao conhecimento adquirido a partir do contato com os indígenas deram início à criação de novas práticas religiosas no Brasil, posteriormente denominadas por Religiões Ayahuasqueiras.

Irineu Serra foi o pioneiro. Ele chegou ao Acre em 1912 e a convite de um conterrâneo bebe ayahuasca pela primeira vez em contexto nativo. Pouco tempo depois tem um encontro espiritual com a Rainha da Floresta (personificação da Virgem Maria) que lhe revela sua missão espiritual impulsionando-o a fundar uma doutrina religiosa, a Doutrina do Santo Daime.

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Muitos consideram o feitio do sacramento – o Santo Daime – como o trabalho espiritual mais completo e profundo da tradição

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A partir dai batiza a ayahuasca com um outro nome, daime, que seria um rogativo perante o poder divino da bebida.

Além da doutrina do Mestre Irineu, foram fundadas no Brasil mais duas linhas religiosas: a Barquinha em 1945, por Daniel Pereira de Mattos, e a União do Vegetal (UDV) na década de 1960 por José Gabriel da Costa.

Após receber um convite de seu conterrâneo e amigo Irineu Serra, Daniel Pereira de Mattos se submeteu a um tratamento com daime dentro dos rituais propostos pelo Mestre. Ali permaneceu por alguns anos, tempo suficiente para receber seu preparo espiritual.

Em 1945 tem uma revelação, uma visão em que as portas do céu se abriam e dois anjos desciam com um livro azul nas mãos contendo sua missão, a de fundar uma doutrina cristã alicerçada na caridade. Foi isso que fez. Resolveu seguir seu próprio caminho dando início a linha da Barquinha.

A Doutrina do Santo Daime e a Barquinha podem ser consideradas como linhas irmãs, em que a segunda herda da primeira o uso do sacramento (daime) e aspectos do catolicismo popular e das religiões afro-brasileiras.

O seringal Santa Cecília, desabitado e cedido pelo proprietário, Manuel Julião, foi o local escolhido por Daniel para erguer uma capelinha, daquelas de beira de estrada que o povo acreano já estava acostumado. Naquele mesmo ano de 1945 estava pronta a casinha rústica de taipa e assoalhos de madeira que mais tarde ficaria conhecida como Capelinha de São Francisco.

Foi justamente na Capelinha onde recebeu as primeiras instruções, através de salmos provenientes de inspiração mediúnica, que Daniel, a partir do seu trabalho junto à comunidade, funda uma nova doutrina religiosa.

Dentre as pessoas que se juntaram a ele naquela época é possível destacar nomes como: Antônio Geraldo da Silva, Manuel Hipólito de Araújo, Francisca Campos do Nascimento, além de Francisco Gabriel (esposo da madrinha).

Com a passagem para o plano espiritual de Daniel em 1958, a Capelinha de São Francisco, passa a se chamar Centro Espírita e Culto de Oração Casa de Jesus Fonte de Luz. Já em 1991 a Madrinha Chica segue sua caminhada dentro da Doutrina do Mestre Daniel em sua própria casa, fundando o Centro Espírita Obras de Caridade Príncipe Espadarte.

A Doutrina da Barquinha é estruturada a partir das instruções contidas no Livro Azul que foi entregue ao Fundador pelos anjos em miração.

Os serviços espirituais realizados nesse espaço consistem em trabalhos de Obras de Caridade, Prestamento de Contas, Instruções, Rosário (aos domingos), Mil Ave-Marias, Cerco de Jericó, Limpeza, Doutrina e Batismo, além das Festas no salão. Todos os trabalhos acontecem em meio as cinco romarias anuais além da quaresma e demais datas especiais.

Cada pessoa recebe a cura conforme seu merecimento, o espírito do Santo Daime se apresenta para todos, basta seguirmos os ensinamentos da Doutrina. É a harmonia e a união entre os seres que transmitem a ciência e a sabedoria dos reinos de Deus. A fé que temos em Cristo é testificada através da baixada dos Missionários e Seres Curadores, soldados da Doutrina que vêm nos consagrar.

Temos hoje a viva companhia da nossa ilustre representante, uma das principais discípulas e amiga do Fundador, o saudoso Daniel Pereira de Mattos, Senhora Francisca Campos do Nascimento, conhecida como Madrinha Francisca Gabriel, Madrinha Chica ou, ainda, Irmã de Caridade, que cumpre sua missão ensinando com amor os princípios basilares da doutrina franciscana, prestando assistência espiritual aos necessitados que procuram a sua casa, batizando, doutrinando, guiando seu rebanho que navega em um lindo barco de luz, materialmente denominado Centro Espírita Obras de Caridade Príncipe Espadarte.

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Cerimônia do Daime no Peru, um dos países onde o chá está presente

(Foto: Jaime Razuri/AFP/Arquivo)

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Altar onde são feitas as orações de purificação do ritual de Santo Daime é visto durante sessão na cidade de Juquitiba, em São Paulo (Foto: Arquivo)

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http://www.abarquinha.org.br/sys/index.php?option=content&task=view&id=3&Itemid=3

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BARQUINHA e OUTRAS

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… um culto no Círculo Holístico Arca da Montanha Azul, uma das religiões que usam o santo-daime e se instalaram no Rio nos últimos anos: a primeira seita …

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Outras plantas amazônicas também possuem DMT e são utilizadas por diversas tribos indígenas como um modo de experiência religiosa.

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UDV – União do Vegetal

O Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, sociedade religiosa sem fins lucrativos, tem por objetivo, contribuir para o desenvolvimento humano, com o aprimoramento de suas qualidades intelectuais e suas virtudes morais e espirituais, sem distinção de cor, credo ou nacionalidade.

Em Guajará-Mirim a União do Vegetal está representada pelo Núcleo Palmeiral (denominação de uma unidade administrativa). A Entidade religiosa já conta com núcleos em mais de cem cidades em todos os estados do Brasil e também na Europa e Estados Unidos.

A União do Vegetal surgiu na floresta, criada pelo seringueiro “soldado da borracha” José Gabriel da Costa, no Seringal) mas sua doutrina é igualmente assimilada tanto pelas comunidades amazônicas e pelas coletividades urbanas, local para onde se expandiu.

O núcleo Palmeiral está comemorando neste dia 26 de Janeiro, 21 anos de existência em nossa cidade, e ofereceu um almoço para os sócios e alguns convidados. Nestes 21 anos o Núcleo Palmeiral, além do desenvolvimento espiritual de seus membros, vem contribuindo com o social, como foi feito em setembro de 2011 a ação da cidadania realizada no Centro Despertar, com atendimento médico e odontológico entre outros, como também tem realizado cursos pré vestibular gratuito e reforço escolar em sua sede.

http://guajaranoticias.com.br/index.php?secao=noticias&cid=25&id=4872

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Brasília – DF | O Colégio Eleitoral elegeu o novo Mestre Geral Representante e nova Diretoria Geral da UDV.

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Candeeiro…

O sertão carioca
Cerca de dez famílias vivem na região mais alta e isolada da cidade, em casas de pau a pique e sem energia elétrica

Existem pessoas que estão tão perto e ao mesmo tempo tão longe de nós. No alto de uma montanha em Campo Grande, a caminho do Pico da Pedra Branca, o mais alto do Rio com seus 1.024 metros, vivem agricultores isolados do resto da cidade. Cerca de dez famílias habitam casas de pau a pique, sem energia, onde a luz vem de velas e lampiões, como no século XIX. As notícias do mundo chegam pelo rádio de pilha. Burros fazem escoar toda a produção de banana prata e caqui da região, metade dela orgânica. São os resquícios do sertão carioca, como era chamada a Zona Oeste, antiga área rural, até os anos 1950.

Para chegar às casas mais distantes, caminha-se até 4 horas em uma trilha pela mata fechada (depois de duas horas de carro, para quem sai do Centro). Dos sussurros da floresta nascem histórias de “visagens”, assombrações da meia-noite que muitos juram existir. Durante seis dias, uma equipe do GLOBO conviveu com os agricultores, compartilhando refeições, acompanhando o trabalho na roça, desbravando o sertão carioca.

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Retrato do Seu Arnaldo, com seu acordeon de oito baixos, no quarto onde dorme ouvindo radio de pilha, no alto da Serra da Virgem Maria Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

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‘A gente do mato, quando vai para a cidade, se sente muito pacato. Dá até dor de cabeça. Acho bonito, tem praia, aquela coisa toda, mas a gente tem medo do mar, medo de ser assaltado. Vai que a gente morre. Não gosto nem de falar. Desculpe o meu dizer, sou matuto mesmo. Tem coisa que não é do nosso mundo’. (Bichinho, 55 anos)

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Seu Dino, de 82 anos, junto a sua casa de pau a pique, no alto da Serra da Virgem Maria

Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

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Onde fica a Serra da Virgem Maria, no Parque Estadual da Pedra Branca

By Editoria de Arte

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Caminha-se pela mata quase fechada, numa trilha sem placas e sem guardas que vai se estreitando, e onde o clarão do sol entra de vez em quando no desencontro da folhagem. Emergem sobre a floresta as torres de energia instaladas por Furnas no início dos anos 1970. Elas cortam os 12.500 hectares (125 km2) – nada menos que 10% de toda a capital – que formam o Parque Estadual da Pedra Branca. É a maior floresta em área urbana do mundo, faz fronteira com 17 bairros da cidade. Aquelas torres imensas abastecem de luz boa parte da cidade, mas não os vizinhos da montanha.

– Meu pai lutou para ter luz lá em cima. Vieram engenheiros, chegaram a ir ao nosso sítio, mas nunca voltaram – conta Bichinho.

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Homem sobe o morro montado em ums mula, carregando outro animal para seu sítio

Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

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O parque foi criado em 1974, mas famílias como a de Arnaldo e Bichinho vivem na região há pelo menos três gerações. Habitam o mesmo espaço que mais de 300 espécies de aves, répteis, anfíbios e mamíferos. Convivem com caçadores, que entram escondidos no meio da noite, armados com espingardas e cães. Como o parque tem apenas 51 funcionários, quase não há fiscalização. Com a supervisão de órgãos ambientais, as antigas famílias podem morar, plantar e colher, contanto que mantenham a direção do parque informada sobre qualquer intervenção.

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Geeeente,

a matéria é longa, linda, verdadeira e cheia de fotos enormes 

e maravilhosas!

Vale muito a pena conhecer a realidade

dessa Gente Humilde!

Clic aqui:

http://oglobo.globo.com/rio/o-sertao-carioca-17660130

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