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Unicórnio, também conhecido como licórnio ou licorne, é um animal mitológico que tem a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral. O nome “unicórnio” deriva do latino unicornis: do prefixo uni- e do substantivo cornu, “um só chifre”. Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas são seres dóceis; porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.
Tema de notável recorrência nas artes medievais e renascentistas, o unicórnio, assim como todos os outros animais fantásticos, não possui um significado único.
Considerado um equino fabuloso benéfico, com um grande corno na cabeça, o unicórnio entra nos bestiários em associação à virgindade, já que o mito compreende que o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela pura. Leonardo da Vinci escreveu o seguinte sobre o unicórnio:
“O unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caçá-lo.”
A origem do tema do unicórnio é incerta e se perde nos tempos. Presente nos pavilhões de imperadores chineses e na narrativa da vida de Confúcio, no Ocidente faz parte do grande número de monstros e animais fantásticos conhecidos e compilados na era de Alexandre e nas bibliotecas e obras helenísticas.
Ilustração de um unicórnio do livro The history of four-footed beasts and serpents de Edward Topsel, 1658
É citado no livro grego Physiologus, do século V d.C., como uma correspondência do milagre da Encarnação. Centro de calorosos debates, ao longo do tempo, o milagre da Encarnação de Deus em Maria passou a ser entendido como o dogma da virgindade da mãe de Cristo: nessa operação teológica, o unicórnio tornou-se um dos atributos recorrentes da Virgem.
LEIA MAIS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unic%C3%B3rnio
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Nos salões de beleza, aumentou a procura por cabelos em tons que lembram o universo dos unicórnios (Foto: Arquivo pessoal/Alez Sudati)
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Crise econômica e fuga da realidade
Um dos motivos para a mania dos unicórnios ter pegado no Brasil, de acordo com os especialistas em tendências, é a crise econômica e a necessidade de fuga dos jovens para um mundo de fantasia. “O unicórnio, o mundo de fantasia, é um refúgio para o jovem que vive um momento complicado”, afirma Lydia Caldana.
Para Bruno Pompeu, coordenador do curso de coolhunting do Istituto Europeo di Design e sócio da Casa Semio, essa é a chave para entender a tendência de cultuar esses seres mitológicos e toda a estética “algodão doce” que os acompanha.
“Na história, sempre que ocorrem contextos muito críticos, as manifestações de fuga são muito fortes também. O que está por trás da ideia do unicórnio? É esse sentido mais infantil, mais lúdico, de pureza, de fuga, de escapar da realidade”, afirma.
Ele lembra que o apego aos símbolos de fuga vem de bastante tempo, mas com outra cara. “Há sete, oito anos, era a saga Crepúsculo, os vampiros, a noite, essa coisa mais sombria. Agora o escapismo em outra cara, mais leve, mais doce”, diz.
O pesquisador ressalta que, diferentemente de outras tendências, que surgem nos meios de comunicação de massa, o retorno do símbolo do unicórnio é um fenômeno digital, surgido nas redes sociais. “Por isso foi uma surpresa para algumas pessoas sair na rua e ver tantos unicórnios juntos”, diz.
Pompeu acredita que o fenômeno já esteja chegando a um fim. “As tendências surgem lá atrás e se propagam mais lentamente até chegar à passarela, ao editorial de moda, aos formadores de opinião. Quando elas vão parar em fantasias de blocos de carnaval estamos falando de China, de barraca de camelô, de algo totalmente massificado a ponto de virar bugiganga. Pelo que conhecemos de outras tendências, essa não deve durar muito mais tempo.”
Para algumas pessoas, o unicórnio vai muito além da fantasia de carnaval. É praticamente uma forma de viver. Elas se autodenominam unicórnios, pintam o cabelo e se vestem com cores que remetem a esse universo.
O artista plástico Leandro Dário, de 34 anos, que mora em São Paulo, se considera desse grupo e tem vários amigos que também se definem assim. Ele se inspira nesses seres mitológicos para se vestir, tingir o cabelo e até definir sua sexualidade. “As pessoas usam no carnaval o que eu uso todo dia”, diz, rindo.
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O artista plástico Leandro Dário, que se identifica com os unicórnios
(Foto: Arquivo pessoal/Leandro Dário)
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LEIA BEM MAIS, CLIC:
http://g1.globo.com/carnaval/2017/noticia/fantasia-de-unicornio-e-mania-de-blocos-de-carnaval-saiba-de-onde-vem-e-o-que-significa-essa-moda.ghtml
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